#69 - Tough Love, Radical Optimism (Extended Version), o conceito de closing shift
Olá! Vem cá ver a lista de itens favoritos da semana de 24 a 30 de junho de 2024
🎶Tough Love: Falei de Gracie Abrams na primeira edição desta newsletter, e agora estou de volta para falar sobre o novo álbum dela, The Secret of Us. Sendo sincera, eu não amei o álbum. Achei mais fraco do que trabalhos anteriores dela, meio genérico. Tem coisa que parece Taylor Swift, coisa que parece Lorde, mas nada tão bom quanto Taylor e Lorde. Enfim. Mas há algumas músicas de que eu gostei bem, então por isso eu vim falar mais delas e menos do álbum como um todo.
De todas as canções, a que mais me pegou e a que fiquei ouvindo várias vezes é Tough Love. Bem animadinha, rapidinha, a letra é boa, a batida é boa, a produção é boa. Nessa ela acertou.
Gostei também de Us, a música de parceria da Gracie com a Taylor. Gostei mais na verdade do vídeo da noite em que as duas compuseram a canção, no qual a Taylor apaga um fogo na cozinha com um extintor (nada faz muito sentido, mas imagino que tenha sido uma noite divertida).
E gosto também de Risk e Close to You. Close to You tem muito a vibe de música de abertura de comédia romântica. Não acho que seja um single muito forte (é o single principal do álbum, só não é um estouro), mas é um pop bem feitinho.
Eu ouvi o álbum algumas vezes querendo gostar, mas em geral me deu uma sensação de mediano, tipo é legal mas não é óootimo, tá bom mas não tá pronto ainda pra ser um grande trabalho. Ainda assim eu gosto da Gracie Abrams, acho que ela pode amadurecer e produzir músicas muito boas. Enquanto isso, indico também algumas mais antiguinhas dela que eu amo: Block Me Out, Where Do We Go Now, Feels Like e Rockland.
💿Radical Optimism (Extended Version): Este era outro álbum que eu não tinha amado, mas gostei bem mais nesta nova versão. Dua Lipa lançou em maio deste ano o Radical Optimism, e nesta semana lançou o Radical Optimism (Extended Version). São as mesmas músicas, mas elas estão mais longas, em versões diferentes — o que faz com que não sejam as meeesmas músicas, afinal.
A Dua Lipa fez esse álbum em parceria com o Kevin Parker (Tame Impala), que produziu —adorei eles juntos no Glastonbury, aliás. A versão “original” é mais pop, mais rápida, e esta é um pouco mais experimental, instrumental, psicodélica. Mais Tame Impala. Eu nem sou fã, não é algo que ouço, mas achei que a junção dos dois artistas foi muito proveitosa.
As músicas ficaram mais interessantes, mais complexas. Acho também que, quando você não tá mais esperando grandes hits pop (como acho que todo mundo espera da Dua Lipa, neste ponto da carreira de diva pop dela), há uma certa liberdade de ouvir o que ela apresenta, uma curiosidade. Eu nem sabia que haveria este lançamento das músicas extendidas, fiquei tipo ‘hm, o que será que temos aí?’.
As minhas preferidas são as mesmas nas duas versões do álbum (Houdini, Training Season, Happy For You), mas gostei mais de outras agora — estou viciada em Whatcha Doing, por exemplo.
Mas acho que o que resume e define melhor pra mim é a diferença de vibe. O Radical Optimism original me passa uma sensação de música pra ouvir bebendo um aperolzinho em algum lugar ao ar livre, num pôr-do-sol no verão europeu. Já o Radical Optimism versão extendida eu acho que tem mais cara de festinha em casa ou uma tarde de boa em casa. Um não é necessariamente melhor do que o outro (depende do que você quer curtir ou analisar), mas são experiências diferentes.
🎥Uma Herança Inusitada: Já comentei aqui que eu sou formada na Escola de Crimes Agatha Christie, né. Eu li muuitos livros dela, adoro uma história de detetive, um mistériozinho a ser solucionado. A indústria audiovisual também adora, e vira e mexe aparece algum filme ou série que bebe da água de Agatha Christie.
O exemplar deste gênero que eu consumi nesta semana foi Uma Herança Inusitada, filme polonês da Netflix. Parentes são informados de que um tio rico morreu e vão todos para a mansão dele ouvir a leitura do testamento. Lá, eles ficam presos por uma nevasca e descobrem que o tio armou tipo uma gincana para eles irem descobrindo onde está a fortuna.
Apesar de utilizar a velha fórmula de “X pessoas trancadas num lugar, impossibilitadas de sair, e um crime acontece”, eu achei que o filme ainda conseguiu inovar. A história traz várias reviravoltas, vários segredos revelados. Não espere nada demais, mas é divertidinho. Um bom entretenimento de uma hora e meia.
🧹O conceito de closing shift: Vi esse negócio no tiktok (frases que a gente pensa “lá vem”) e comecei a implementar aqui em casa. No dito vídeo do tiktok, uma menina explicava que faz um negócio chamado de “closing shift” (ou turno do fechamento) em sua casa.
Consiste em, no final do dia, você colocar um timer de 20 ou 30 minutos e, neste tempo, arrumar o que tá desarrumado na sua casa. Não é bem uma faxina, é uma arrumaçãozinha, pra as coisas ficarem ordenadas. O timer ajuda, porque você entende que, naqueles minutos, vai focar nisso, e depois vai ter o tempo livre.
No primeiro dia que fiz, minha casa tinha mais demandas, então terminou o tempo e ainda sobrou coisa pra fazer. Já no segundo dia, parecia que tava tudo meio que arrumado já, tudo mais no lugar. Eu gosto de me considerar uma pessoa muito organizada e limpa (criada e traumatizada por mãe virginiana), mas o que eu gostei é que, com essa técnica do turno de fechamento de 20 minutinhos, você não deixa acumular coisa, você já vai resolvendo tudo ali. Dá muito uma sensação de eficiência, além de limpeza, claro.
Consegui fazer isso todos os dias? Não, porque da metade pro final da semana a minha rotina virou uma bagunça imprevista. Mas, nos dias em que consegui, foi ótimo. Recomendo demais.
Na arte aleatória da semana, deixo aqui o trabalho da Madelynne Juenger, que cria ilustrações com base em músicas de cantoras como Taylor Swift, Chappell Roan e Sabrina Carpenter. Eu usaria uma camiseta com ilustra dela facilmente.
Boa semana =)