#105 - Homem com H, I quit, Astrologia
Olá! Vem cá ver a lista de itens favoritos da semana de 16 a 22 de junho de 2025 :)
🎥Homem com H: Não me orgulho nada disso, mas enrolei, enrolei até assistir Homem com H no cinema, até que nesta semana ele entrou para o catálogo da Netflix. Não me orgulho, mas dei graças aos ceús e finalmente assisti. Que primor.
O filme se propõe a contar toda a história de vida de Ney Matogrosso, desde a infância, e isso é muito. Mas não é um filme arrastado; ele é, aliás, bem enxuto, não tem muita cena que não seja necessária. A infância, por exemplo, mostra os embates dele com o pai, a homofobia em casa. As cenas de juventude mostram o início da descoberta sexual, por aí vai (me segurando pra não dar muito “spoiler”).
Eu não sabia muito de como Ney começou a ser cantor, a entrar neste meio, e o filme exibe isso também de uma forma muito interessante, deixando bem clara a personalidade do artista, as escolhas conscientes dele. E também traz as músicas de maior sucesso; sabe quando o diretor sabe que a música é boa e a deixa tocar, pra a gente (público) se deleitar? Então. Dessa vez o deleite é ainda maior porque a atuação do Jesuíta Barbosa é absurdaaaa, os mesmos trejeitos, expressões. Incríve ver ele atuando e ver as cenas das apresentações musicais.
Tem se falado um tanto nas redes sociais sobre como o Cazuza aparece como um chato no filme, e sim, chatíssimo. O que torna tudo ainda mais interessante: o contexto histórico, o contexto artístico, as personalidades e trajetórias dos dois.
Cinéfilos em geral adoram criticar cinebiografias, e eu entendo que é um gênero muito difícil mesmo. Envolve muita história real, muita paixão dos fãs, muito material pra condensar num curto espaço de tempo, muita coisa que pode ficar caricata. Mas acho que Homem com H é um acerto, um trabalho primoroso do diretor e roteirista Esmir Filho. Tá na Netflix, vai lá ver!
💿I Quit: Finalmente minhas irmãs (de alma) Haim voltaram com álbum novo!!!!! Haim é minha banda preferida desde que elas lançaram o primeiro disco, em 2013. Agora Alana, Danielle e Este chegam ao quarto trabalho, chamado I Quit.
Nas entrevistas de lançamento, elas têm comentado que trata-se de um álbum sobre relacionamentos, sobre várias fases de relacionamentos e como é difícil (talvez a palavra seja desafiador) estar em relacionamentos. Ainda não li críticas (estou ainda ouvindo e me acostumando com as músicas e pegando nuances), mas já gostei muito, achei muito bem trabalhado, bem produzido, bem arranjado, elaborado, complexo, divertido. Arte.
Logo na primeira música, Gone, elas já meteram um sample de Freedom! ‘90, do George Michael, que ficou !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!. Eu adorei também All Over Me, Take Me Back, Cry e o instrumental em Now It’s Time!!! Elas são as maiorais, as salvadoras do rock mesmo (se é que o rock precisa ser salvo).
Além das letras, arranjos e melodias incríveis, é preciso ressaltar também a campanha de divulgação perfeita que foi as Haim reproduzindo fotos incônicas dos anos 90/2000 nas capas dos singles. Juro, elas são tudo. Não vejo a hora de minhas irmãs trazerem a turnê do novo álbum pra cá, pra eu poder ver um showzinho.
📖Astrologia de Liv Stromquist: Eu sou imensamente fã da autora sueca Liv Stromquist, acho ela extremamente gênia. Numa próxima encarnação eu gostaria de nascer com um tiquinho do talento dela. Enquanto isso não ocorre, vou devorando cada livro dela que sai por aqui.
O mais recente foi Astrologia, que eu enrolei pra comprar (pois a pilha de livros que já comprei e ainda não li tem crescido num ritmo ridículo), mas enfim me rendi e comprei n’A Feira do Livro, aqui em São Paulo. A Liv sempre explora temas de cultura e sociedade de uma forma informativa e ao mesmo tempo muito engraçada. Dessa vez ela fez isso, sem surpresas, com a astrologia.
Na primeira parte do livro, a autora fala um pouquinho sobre cada signo, usando exemplos de histórias de pessoas famosas pra mostrar traços de personalidade relevantes daqueles signos. É muito divertido, e ao mesmo tempo você vai lendo, se identificando e sentindo uma leve vergonha de ser meio assim mesmo.
Na segunda parte, ela se propõe a explicar por que alguns signos combinam melhor com outros. Achei ótimas as explicações e os exemplos, ainda que saiba que é tudo um tanto raso. Obviamente não é um grande e minucioso estudo de cada caso, mas a narrativa da Liv é incrível; ela consegue juntar dados teóricos com histórias reais e muito humor. Ela é maravilhosa, já comentei isso.
A terceira parte, aliás, é um apanhado de estudos teóricos sobre por que a astrologia é um negócio que pegou tanto as pessoas, que se tornou um assunto tão falado, uma área de conhecimento tão explorada e por que é tão legal mesmo, por que a gente gosta e se interessa por isso. Ela deixa claro que cada pessoa tem a opção de acreditar ou não, mas o livro por si só também deixa claro que é muito interessante e divertido saber um pouquinho de astrologia. Amei demais.
A Liv Stromquist estará na Flip este ano, aliás!!!! Ainda não sei se vou, mas estou seriamente considerando ir só para ver a diva.
📺Somebody Feed Phil: Já falei desta série aqui nesta newsletter antes, e volto a falar agora porque chegou nova temporada na Netflix. Nos novos episódios, Phil Rosenthal faz o de sempre: viaja pelo mundo comendo as comidas mais deliciosas de cada lugar. É o emprego dos sonhos.
Desta vez, ele vai a locais como Amsterdã, Boston, Sydney, Manila e Guatemala. Sempre com ajuda de locais, ele vai a restaurantes —de comida de rua a estrelados Michelin—, conhece a cultura local e os preparos locais.
Eu amo assistir e fico morrendo de vontade de fazer o mesmo, comprar umas passagens e sair viajando e comendo as melhores comidas do mundo. Vale a pena ver quando você quer só descansar a cabeça, assistir algo leve, bonitinho, inspiracional, com comidas absurdas.
Na arte aleatória da semana, deixo o trabalho da ilustradora Amy Franke. Muitas das artes dela são sobre café ou aperol spritz, mas me identifiquei especialmente com essa, que é como pretendo passar parte do meu domingo.
Boa semana =)