#24 - Documentário da Xuxa, gostosas também choram, crepe para impressionar
Olá! Vem cá ver a lista de itens favoritos da semana de 10 a 16 de julho de 2023 :)
Xuxa, o Documentário: Por causa do meu trabalho e dos meus hábitos desde criança, eu fico com a TV ligada o dia inteiro em casa, quase literalmente (deve ter um período de umas quatro horas por dia em que eu fico sem TV, de verdade). De forma que nesta semana eu vi e li muita coisa sobre a série documental da Xuxa, que estreou no Globoplay nesta quinta (13). O doc foi muito divulgado em vários programas da Globo, e eu como jornalista que cobre TV fiquei automatica e obrigatoriamente muito ligada nisso. Agora vou usar este espaço para dar minha visão pessoal desta obra.
Esta série se propõe a ser um mergulho profundo na trajetória da Xuxa, pessoal e profissionalmente. Tem a questão de olhar com distanciamento para tudo que aconteceu, dar todo o panorama da vida e da carreira dela, contar toda a história dela na televisão, mas também enfiar o dedo em feridas terríveis. A própria Xuxa foi avisada de que não seria uma série para ela “se amar”, ou seja, não é bem uma homenagem. É uma tentativa de esmiuçar a vida dela e trazer velhas e novas perspectivas.
Por enquanto, apenas um episódio está no ar (serão cinco no total, lançados semanalmente, às quintas), mas já acho todo esse trabalho louvável por vários fatores. O primeiro é que, pelo que se vê nas imagens de época, dá pra chegar à conclusão de que essa mulher foi e é a maior popstar do Brasil. É muito surreal ver o tanto de gente que ela arrastava, o impacto que ela teve na mídia, o carisma nato, os looks que ela entregava! Alguém dessa dimensão tem mesmo que ser “revelada” para novos públicos sempre e eternizada dessa forma, para que se saiba, até de uma concepção histórica, o que se foi, o que aconteceu, por que aconteceu, etc. Eu acho fascinante.
E além disso acho que pode haver um serviço social da Xuxa, por meio de seu exemplo muito doloroso, sobre abuso e assédio, moral e sexual, que ela sofreu. A gente já tem visto o barulho que tá rolando sobre as coisas que a Marlene Mattos fazia e falava com ela, que é algo que até agora não havia sido tão amplamente divulgado assim. Eu não tenho palavras pra dizer o quanto isso é importante e valioso, o quanto já passou da hora de a gente (enquanto sociedade) entender que certos comportamentos não são minimamente normais ou aceitáveis. Chega.
É claro que não vivemos num conto de fadas; não é porque sabemos agora que a Marlene foi monstruosa que tudo vai se ajeitar para todos os pobres mortais (digo por experiência própria). Tá cheio de assediador moral e abusador ainda vivendo tranquilamente, aparecendo na mídia e colhendo louros. Mas acho muito corajoso e importante da parte da Xuxa abrir o jogo sobre isso (ela fala também sobre assédio sexual que sofreu na adolescência), dizer claramente que isso não deve ser normalizado e ressignificar estes traumas na frente do Brasil inteiro.
Isso sem falar que o documentário é de inegável qualidade técnica, a pesquisa em imagens de acervo é impecável, enfim. Pra mim já faz parte da categoria “eu já sabia que ia gostar e gostei mesmo”. Recomendo muitíssimo, vamos assistir e comentar sobre.
A Superfantástica História do Balão: Eu não sei se foi um tiro no pé ou uma estratégia inteligente isso de terem estreado um documentário sobre a Xuxa e um sobre o Balão Mágico na mesma semana. Acho que a Xuxa pegou muuuito mais holofotes, mas eu não tenho lugar de fala de marketeira pra especular isso. Vim só dizer que o documentário do Balão também vale o play.
A Superfantástica História do Balão é uma série documental de três episódios lançada pelo Star+ na última quarta (12). O primeiro episódio é o começo e a ascenção do Balão, o segundo é sobre o auge e o início do declínio e o terceiro é sobre o fim do grupo e o que aconteceu com a vida de cada um dos integrantes.
Eu pessoalmente não vivi o fenômeno Balão Mágico, nasci em 1991, mas ainda assim acho que a série vai além da nostalgia de quem curtiu isso quando criança. Mostra muito da cultura de entretenimento, de como o mundo nos anos 1980 e 1990 era completamente errado de mil formas, especialmente com crianças e adolescentes. Faz a gente pensar sobre como um passado recente já parece algo tão culturalmente distante para a sociedade em que vivemos hoje. Há, por exemplo, depoimentos de famosos pedindo desculpas em relação à forma com que julgaram Simony.
Achei bem interessante como história do Brasil e análise social mesmo. Mas tem dois defeitos. O primeiro é que achei curto demais, poderiam ter feito mais episódios e se aprofundado em muitos temas nos quais deram só uma passada por cima. O segundo é que estou com a música Superfantástico na cabeça até agora.
gostosas também choram: eu já estava acompanhando o podcast da Lela Brandão, chamado gostosas também choram, pelos cortes que ela posta no Instagram (eu babo na estante que aparece atrás dela, queria ter um background assim aqui em casa). Aí decidi seguir e ouvir na íntegra pelo Spotify. O nome é ótimo, e os episódios também são.
Lela, que é uma influenciadora e dona de uma marca de roupas, fala sozinha sobre questões que permeiam as nossas vidas (por nossas eu quero dizer especialmente mulheres). Tem episódios sobre independência, expectativas, dizer não, perfeccionismo.
Há dois que me pegaram mais. Um é sobre migalhas. Enquanto mulher que viveu muuuito isso de tolerar e aceitar migalhas de suposto afeto em relacionamentos amorosos durante boa parte de minha vida adulta, eu fiquei completamente identificada com o que a Lela fala.
O outro episódio muito bom é o sobre intuição. Vocês já pararam para pensar em como falamos muito naturalmente sobre intuição feminina mas nunca há menção alguma sobre intuição masculina? Eu não tinha pensado nisso até então, tipo “homens o que tenho a ver”. Mas Lela traz uma teoria sobre isso que achei muito boa. Os episódios têm entre 30/40 minutos e saem às terças.
Salvação para lábios rachados: De volta à editoria “o tempo seco quer acabar comigo”. Após cuidar do meu sistema respiratório com a lavagem nasal, eu precisei dar atenção especial aos meus lábios. Eles sempre ficavam rachados no inverno e eu achava meio normal, mas a realidade é que é péssimo, além de ser perigoso ficar cutucando e tirando as pelinhas (sua mão passa bactérias diretamente para sua boca/corrente sanguínea, é errado em muitíssimos níveis).
Então decidi cuidar disso de verdade. Eu já tinha aquele brilho labial da Nivea bem conhecido, que é bom pra dar uma corzinha mas não suficientemente bom pra proteger os lábios, pelo menos não para os meus. Daí comprei o regenerador labial da Nivea, que é mais um tratamento mesmo. Tenho passado pelo menos duas vezes por dia e deu pra sentir uma boa diferença, nunca mais tive lábios rachados. Também passo ao longo do dia, se sinto que tá querendo ressecar, a velha e boa manteiga de cacau (há quem diga que é melhor do que os hidratantes labiais mais ‘químicos’). Indico este combo da salvação labial.
Crepe para impressionar: Eu gosto muito de fazer cafés da manhã, e tem dias em que eu quero dar uma variada e não servir pão com qualquer coisa. Para estes dias, uma boa alternativa é o crepe. A receita é ridiculamente fácil, mas parece algo mais sofisticado (it’s french), mais elaborado. Já fiz para impressionar visitas e convidados e foi missão cumprida.
A base da receita é da Marina Monaco, que eu adoro seguir no Instagram. Consiste em:
1 ovo
65g de farinha (cerca de meia xícara de chá)
150 ml de leite
Modo de fazer: misturar tudo isso. Levar uma frigideira com um pouco de manteiga a fogo baixo. Despejar uma concha dessa mistura e deixar dourar um pouco. Quando estiver firme o suficiente, virar para dourar do outro lado. Neste momento, você acrescenta o recheio, que pode ser o que você quiser. Nas doces, funciona bem com nutella, creme de pistache ou doce de leite, por exemplo. Nas salgadas, sou a favor do combo presunto e queijo ou uma pasta de ricota. Mas vai totalmente do que você quiser e tiver em casa. Essa quantidade de massa dá para quatro crepes médios/grandes ou cinco pequenos. E também dá pra congelar (já pronto) e só fritar de novo no dia em que quiser comer. Juro, é uma das melhores receitas do universo. Não tem de quê.
Na arte aleatória da semana, vou compartilhar um perfil que não é exatamente de arte/ilustração, mas de pensatas contemporâneas kkk. Estou falando do paintzoas, que pega fotos antigas e faz legendas bem-humoradas com o paint brush (saudades). Vi este exemplo abaixo e é basicamente a história da minha vida.
Boa semana =)