#44 - Betinho, Mundo Sem Fim, os melhores filmes de Natal
Olá! Vem cá ver a lista de itens favoritos da semana de 4 a 10 de dezembro de 2023 :)
Betinho: No Fio da Navalha: Estreou no último dia 1º a série Betinho: No Fio da Navalha, no Globoplay. A produção retrata a vida e obra do sociólogo Betinho, desde a perseguição pela ditadura, nos anos 1960, até a morte dele, na década de 1990, após ter capitaneado obras sociais muito importantes para o Brasil.
Gosto muito de obras que retratam a história do Brasil no século 20, especialmente na segunda metade. É uma história recente muito rica em nuances, em arte, em absurdos, em coisas fascinantes e horríveis. Tem um pouco de tudo isso na série do Betinho (estou me referindo a ela desta forma, assim como chamo Barbie de “o filme da Barbie”).
Eu conhecia Betinho muito superficialmente. Conhecia pela música O Bêbado e a Equilibrista, que o cita no verso “a volta do irmão do Henfil”, sobre o retorno dele do exílio. E conhecia um pouco por ter estudado na escola a história da Ação da Cidadania e a questão de Betinho ter morrido por complicações de HIV após ter contraído o vírus por transfusão de sangue, que ele precisava fazer frequentemente por ser hemofílico. Eu enquanto criança hipocondríaca fiquei impressionadíssima com a descoberta da hemofilia, apavorada.
Mas enfim, a série vai mais contando a história dele, permeada pela política no Brasil, pelo contexto histórico e pelas relações pessoais. É interessante ver que não há passação de pano, pelo menos nos primeiros episódios. Ele é retratado como um cara muito inteligente e dedicado à profissão, e ao mesmo tempo um pai ausente, deixando muitíssimo a desejar com a ex-mulher (sem surpresas no quesito homens fazendo merda).
A atuação e direção do Julio Andrade estão brilhantes, a caracterização é absurda. Tive a oportunidade de entrevistá-lo na semana passada sobre o papel, e ele contou sobre como mudou sua vida após essa série, como pensa no Betinho a cada vez que vê uma pessoa em situação de rua. Tenho assistido e achado uma produção nacional que vale muito a pena, que dá foco a um personagem do Brasil contemporâneo que a gente conhece pouco.
E o Humberto Carrão está extremamente gostoso no papel do Henfil. Me faltam palavras para descrever, de verdade (que bom, pois se eu fosse descrever nenhuma das palavras estaria na bíblia). Deus abençoe.
Vale o Escrito - O Podcast: Falei aqui há algumas semanas sobre a série documental Vale o Escrito, também do Globoplay, e o negócio realmente tá ainda muito em alta, é bom demais. Tanto que agora lançaram o podcast de Vale o Escrito.
Basicamente é quase o mesmo conteúdo da série, só que narrado como podcast, mais resumido e enxuto. Então, pra quem prefere este formato ou não tem tempo de ver a série neste momento (podcast a gente ouve enquanto faz outras coisas, né, tem essa otimização de tempo), é uma boa.
O diferencial é ter alguns detalhes de bastidores e depoimentos que não entraram nos cortes dos episódios. Tem um depoimento da segunda mulher do Maninho, a Ana Claudia, que é ainda pior do que tudo que ela disse na série. A inimiga do politicamente correto (e do respeito, na verdade) atacou forte.
O podcast Vale o Escrito tem quatro episódios disponíveis até o momento.
Mundo Sem Fim: Eu talvez tenha uma falha enquanto consumidora de conteúdo online, que é nunca ter dado muita bola pra canais de YouTube. Consumo quase que só para utilidades (tutoriais e reviews).
Daí que nos últimos dias eu tenho sentido mais vontade de ir para o Japão kkk. Algumas pessoas que eu sigo foram pra lá nos últimos tempos e me deu muita vontade de ir também. Tenho dinheiro, tempo e/ou qualquer perpsectiva de fazer essa viagem em breve? Claro que não, mas já estou consumindo conteúdo sobre porque vai que, um dia, etc.
Ouvi num podcast que o casal do canal Mundo Sem Fim havia passado pelo Japão recentemente e fui lá ver. Eu já os conhecia porque eles tinham um quadro no É de Casa (programa da Globo dos sábados de manhã) que exibia vídeos dos dois mostrando supermercados pelo mundo, que é possivelmente o conteúdo mais eu de todos os tempos —quem me conhece sabe que eu AMO dar rolê em supermercado, mercado, mercadinho, bodega. Toda vez que eu tenho que ir eu encaro como um passeio mesmo. Enfim, divaguei.
Esta semana fui ver os vídeos do Mundo Sem Fim sobre rolês no Japão e adorei. Primeiro que eles são muito gente comum, com um sotaque fofo, meio caipira, longe da afetação de influenciadores grandes e milionários. Segundo que o que mais me agrada é que eles mostram banalidades locais. Eles não mostram os grandes pontos turísticos, não ficam fazendo lindos takes produzidíssimos. Eles mostram como é comprar água numa máquina de rua. Como é comprar comida num restaurante em que tudo tá em japonês. Como é o vaso sanitário. Como se perderam ao irem retirar o sim card numa estação de metrô gigante (aliás, eles têm um desprendimento com o desconhecido que eu admiro. Eu jamais sairia na rua no Japão, sem entender uma letra sequer, sem um celular conectado à internet pra me guiar).
Comecei assistindo a um vídeo, quando vi já tinha maratonado cinco. Eles são muito queridos, simples, e, apesar de eu pessoalmente não me identificar com alguns rolês que eles fazem, gosto das perspectivas que eles abordam.
E me indiquem mais canais de conteúdos de viagens no YouTube, descobri que curto muito este filão! Quero desbravar mais o setor.
Filmes de Natal: Não sou a maior consumidora de filmes de Natal, mas aprecio essa atmosfera que se instaura em dezembro de absolutamente tudo ser dominado pelo Natal. Gosto que nessa época começam a pipocar muitas opções de filmes com temática natalina. É tipo olhar uma vitrine bonita de loja; eu não vou comprar tudo, mas gosto de ver tudo exposto lá de forma harmoniosa e especial.
Dito isso, até agora não vi um filme de Natal bom deste ano kkk. Mas a sessão da tarde da Globo passou um dos meus filmes de Natal preferidos nesta semana (eu trabalho de casa e deixo a sessão da tarde como ruído branco quase todo dia). Por isso veio a ideia de trazer para esta edição da newsletter algumas indicações de filmes de Natal —alguns são 100% natalinos, outros só passam pelo Natal numa cena ou outra. Vou mencioná-los aqui, tentarei ser breve:
Uma Segunda Chance para Amar: Este foi o que passou na Sessão da Tarde. Acho um dos melhores filmes de Natal dos últimos anos e de todos os tempos. A Emilia Clarke faz o papel principal, de uma jovem doidinha que trabalha numa loja de decoração de Natal em Londres. A vida dela é toda bagunçada, as relações são um caos, até que ela conhece um cara que dá uma boa mexida.
Não é um filme de romance, mas tem muito amor; é um filme que faz chorar mas não é um filme triste. Acho um filme bem bonito sem ser pesado, fala de temas muito sérios mas é bem pra cima. E tem um plot twist bem twist. Sim, estou tentando te pegar pela curiosidade. E a trilha sonora é toda de músicas do George Michael, o que acho uma preciosidade. Tá disponível para aluguel na Amazon, na Claro e na Apple TV, a partir de R$ 4,90.
Tudo em Família: Meu filme de Natal favorito da vida!!! Assisti pela primeira vez numa dessas sessões de madrugada da Globo, há muitos anos, e fiquei encantada. É a história de uma mulher que vai passar o primeiro Natal com a família do namorado. Ela é toda travada, e a família dele é grande, é difícil de agradar. A mãe é uma matriarca exigente, a irmã é implicante, enfim.
O elenco é absurdo: Diane Keaton, Rachel McAdams, Sarah Jessica Parker, Owen Wilson, Dermot Mulroney, Claire Danes. O filme se passa na véspera e no dia de Natal, mas tanta coisa acontece!!!! É daqueles filmes de Natal de casa cheia e muitas confusões. A cena em que a Sarah Jessica Parker dança bêbada a música das festas do programa Amaury Jr. (referências) é icônica. Tudo neste filme é perfeito. Tá disponível no Star+.
Agora Seremos Felizes: uma cena deste filme aparece em Tudo em Família; uma das personagens diz que assiste todo ano. Adquiri este hábito também. Não vejo necessariamente o filme inteiro, mas vejo a cena em que Judy Garland canta Have Yourself a Merry Little Christmas. Belíssima.
Agora Seremos Felizes é um filme de 1945 que mostra um ano na vida de uma família rica dos Estados Unidos, de St. Louis. Tem as tretinhas deles lá, e em determinado momento o pai diz que todos vão se mudar de cidade. A notícia deixa uma galera bem triste, e no Natal a personagem da Judy Garland canta para a irmã: “Have yourself a merry little Christmas. Let your heart be light. Next year, all our troubles will be out of sight”. Todo ano eu ouço e todo ano ela me pega. Alguns anos com problemas maiores, outros menores, mas a Judy Garland sempre me emociona lindamente.
Este filme também tem uma das melhores cenas (um musical, na verdade) sobre a sensação de se apaixonar, de ter um crush. Acho muito puro e muito lindo. Tá disponível pra aluguel na Amazon e na Apple TV+ por R$ 7,90.
Um Crush para o Natal: Nesta leva de filmes de Natal que a Netflix vem entregando aos montes nos últimos anos, este foi o que gostei mais. Um rapaz pede para que seu melhor amigo finja ser seu namorado no Natal na casa da família. Só que a família adora o “amigo” e fica bancando o relacionamento mesmo, o que cria alguma confusão de sentimentos, e as coisas vão mudando. É clichê, mas também é muito fofo. Tem alguns (muitos) filmes de Natal da Netflix que são só bobinhos e previsíveis, e tudo bem, têm seu papel na sociedade. Mas esse eu achei realmente bem adorável.
Menções honrosas para clássicos: recomendei aqui os filmes de Natal mais adultos e talvez menos divulgados, mas é claro que eu amo também os clássicos mais conhecidos. os que mais gosto e assisto sempre e nunca deixam de ser muito, muito bons: Esqueceram de Mim (1 e 2), Meu Papai é Noel (1 e 2), O Amor Não Tira Férias e Um Natal Muito Louco.
Me indiquem também seus filmes de Natal preferidos!!
Arte aleatória da semana: esta semana eu estava procrastinando no Twitter e me deparei com o perfil do Vinícius Xavier. Adorei várias ilustrações dele, principalmente esta, com a qual me identifico num nível espiritual. Li nos comentários que ele pretende fazer ímãs de geladeira com este desenho, e com certeza a minha geladeira terá um deles.
Boa semana =)
sou a pessoa que ama episódios especiais de natal e vi um do Alf, Especial De Natal
(hbo max) e recomendo da netflix o filme Klaus e a série Eu odeio natal