#53 - Os Rejeitados, Renaissance act II, o cachorro de Anatomia de uma Queda
Olá! Vem cá ver a lista de itens favoritos da semana de 12 a 18 de fevereiro de 2024 :)
🎥Os Rejeitados: Estou no clima de assistir aos filmes indicados ao Oscar, e esse era um dos que eu mais queria ver. Aproveitei um espacinho nesta semana atribulada pra correr pro cinema pra ver Os Rejeitados e foi uma das melhores coisas que eu fiz. Que experiência boa.
Os Rejeitados é um filme dirigido por Alexander Payne que se passa num internato só para meninos nos Estados Unidos, no ano de 1970. Na época das férias de fim de ano, quase todos os garotos voltam para suas casas, mas os pais de alguns não vão buscá-los, e eles têm que ficar por lá, aos cuidados de um professor (Paul Hunham, interpretado por Paul Giamatti) e da gerente da cozinha do internato, Mary (Da’Vine Joy Randolph).
Obviamente ninguém queria estar lá e há um clima de mau humor geral, mas coisas vão acontecendo e o filme fica focado na relação entre o professor e um dos alunos, Tully (Dominic Sessa). Eu não pensei que fosse gostar tanto da trama entre um velho rabugento e um adolescente riquinho, mas eu amei.
O filme passa um pouco pela questão de “todo mundo está travando batalhas que você nem imagina” e vai nos mostrando que estes dois e Mary têm suas questões, que ficam afloradas por estarem no Natal, Ano Novo. A antipatia que você possa ter por um ou outro logo se transforma em empatia e afeto. Você sente os dramas de cada um e torce pra que eles fiquem mais fortes juntos.
Na minha cabeça, esse tipo de filme não é muito um filme de Oscar, porque a gente fica meio com o estereótipo de que filme de Oscar é aquela coisa mais pesadona, de guerra, de sofrimento, de grandes produções. Não que não haja drama e sofrimento em Os Rejeitados (há), mas de forma geral achei um filme leve. Saí do cinema mais leve e feliz, com sentimentos bons.
Gostei muitíssimo também dele visual e sonoramente. O cenário de neve e as caracterizações de anos 1970 são demais, fiquei com vontade de ir pra Boston no Natal. E a trilha sonora é ótima. Eu perdi tudo na cena que toca The Wind, uma das minhas músicas preferidas da vida. Este filme fez o segundo melhor uso cinematográfico de The Wind (o primeiro é este aqui).
Sem falar que as atuações estão todas perfeitas, inspiradíssimas. Torcendo para o Paul Giamatti e a Da’Vine Joy Randolph ganharem como melhor ator e melhor atriz coadjuvante no Oscar. Os Rejeitados ainda está nos cinemas, em poucas salas, infelizmente. Tomara que entre para algum streaming logo.
🎵Renaissance act II: a mulher não faz uma coisa que não seja absolutamente excelente, e dessa vez não foi diferente. Beyoncé anunciou que vem aí o act II do Renaissance e que será country. Eu confesso que, neste ponto, já não acreditava que viriam mais atos do Renaissance, mas agora parece que as coisas ficaram um pouco mais claras (ao menos teoricamente).
Tem uma teoria rodando aí na internet de que Beyoncé está no projeto de mergulhar em gêneros originalmente criados por pessoas pretas que foram apropriados e “sequestrados” por brancos. O primeiro foi o house music, o segundo é o country e o terceiro será o rock. Ela faz, assim, o renascimento. Se isso se confirmar, eu acho foda demais.
A primeira música do Renaissance country saiu no domingo, após a exibição de um comercial com a Beyoncé no SuperBowl (a propaganda é bem divertida, aliás). Se chama Texas Hold’em e, apesar de eu não ser fã de country, adorei. A batida, a letra, a capa, a voz da Beyoncé, tudo está absurdo. Ela já soltou outra também, 16 Carriages. O bom gosto impera na família Carter, não tem como.
Estou curiosa pra ver também como a mídia e a indústria musical norte-americanas vão se portar com esse lançamento. Já tem rádio dizendo que não vai tocar o country da Beyoncé. Claramente racismo. E o Grammy, será que vai ignorar o trabalho dela dessa vez, mais uma vez, mesmo depois do esporro do Jay Z? A ver.
Mas por enquanto achei tudo de altíssimo nível, ansiosa para o lançamento do álbum completo em 29 de março. Beyoncé é agro, Beyoncé é tech, Beyoncé é pop, Beyoncé é tudo.
🐶O cachorro de Anatomia de uma Queda: Ainda na jornada de ver filmes do Oscar, assisti a Anatomia de Uma Queda. Optei por não recomendá-lo aqui porque eu não odiei, mas também não amei. É um filme interessante, tem morte, tem julgamento, tem uma mulher cheia de problema, mas ainda assim achei paradão, arrastado. Entendo que tenha sido uma escolha, um estilo, mas… não é meu tipo de filme. Me lembrou um pouco o História de um Casamento, só que com menos briga de casal e mais tribunal. Mas não gostei muito de nenhum dos dois, então deixa pra lá.
O que eu amei em Anatomia de uma Queda foi o cachorro. A família do filme tem um cão-guia chamado Snoop, interpretado pelo cachorro francês Messi. E eu juro, Messi é o maior ator de todos os tempos do mundo animal. As expressões dele são absurdas, mas tem uma cena específica em que a performance dele é fora de tudo que eu já tinha visto. Olhei pra ele e falei: artista.
Messi está bombando nessa temporada de Oscar e até já recebeu um prêmio de melhor cachorro ator. Ele é o momento. Espero que esteja sendo muito bem recompensado com ossinhos, bifinhos e rações premium. Ele merece.
🎤Vídeos da Samantha: Eu sou uma pessoa que ama Carnaval, mas ao mesmo tempo eu já prefiro evitar grandes quantidades de caos. Traduzindo: bloco muito lotado, coisa que você já sai de casa sabendo que vai ser puxado, eu tenho preferido não (bloco sempre é um perrengue, mas há níveis). Porém eu adoro assistir ao caos a uma distância segura. Ultimamente, ninguém tem feito cobetura melhor de eventos caóticos do que ela, a repórter mais caótica de todas: Samanta Alves.
Samanta é uma menina do Rio de Janeiro que viralizou uns anos atrás com um vídeo em que dançava em pontos marcantes da região de Madureira, no Rio. Eu a reencontrei na internet no fim do ano passado, quando começaram a viralizar vídeos dela entrevistando pessoas em lugares públicos de grande movimento - o chamado Na Galera. Ela fez um de Natal em Madureira, com o pessoal nas ruas. Fez um de ano novo também por ali.
Agora no Carnaval ela fez suas reportagens caóticas em megablocos do centro do Rio, como o Bloco da Favorita e o Fervo da Lud. É tudo muito Carnaval, muito jovem, muita bagunça, muita zona, muito absurdo, muito Brasil. Ri muito, adorei, fiquei esperando ansiosamente ela lançar cada um dos vídeos.
Samanta tem vários diferenciais, mas os principais são ela ser doida e ela ter muito carisma. Ela entra em qualquer rodinha, fala com qualquer pessoa, se joga, se deixa levar, faz perguntas boas, entra no rolê mesmo. Aí o conteúdo sai natural, muito bom. Sou só elogios, Samanta a maioral, fé nas malucas.
✨Sombras de glitter: Ainda no tópico Carnaval, neste ano eu tentei me esforçar um pouquinho mais pra fazer caracterizações carnavalescas. Eu em geral sou preguiçosa pra maquiagem e também um tanto incompetente. Em 32 anos de vida, ainda não aprendi a fazer um delineado excelente (faço um ok pro dia a dia, mas não passa disso) e não sei aplicar sombra de forma que fique igual dos dois lados. Mas, como não investi em fantasia alguma, pensei: vou ao menos passar uns glitters aqui pra dar algum efeito.
Para minha surpresa, até que minhas makes deram certo???? Fui elogiada pelas maquiagens com glitter que fiz e tomei gosto. Na segunda-feira, voltei pra casa triste por ter que tirar a make e não saber mais quando voltaria a sair toda brilhante. Nada impede que eu faça um look glitter pra ir ao mercado, mas enfim.
Vou deixar aqui então as diquinhas para quem quer ficar belíssima e fazer a make de glitter durar mesmo num calor de 35º C. O que eu fiz foi comprar um kit de glitter da marca Color Make, cujos produtos já são feitos para serem aplicados na pele (diferentemente do glitter de papelaria, por exemplo). Gosto muito dos materiais deles, são sempre de ótima qualidade e em tons e formatos lindos. Eu tenho também uma cola glitter da Color Make, que é tipo um glitter num tubinho, em textura de gel, que pode ser aplicado no rosto, no corpo e no cabelo.
O esquema é passar uma camada de cola glitter onde você quiser e, por cima, aplicar o glitter em pó. A cola glitter vai colar mesmo, vai fixar o glitter ali e segurar bem, mesmo com suor. Eu até esbarrei a mão sem querer às vezes, e mesmo assim a make voltou praticamente intacta todos os dias. Não precisa usar necessariamente a cola glitter da Color Make, tem de outras marcas também. Uma amiga me disse que usa gel de cabelo pra estes fins, então fica a dica alternativa. Há ainda produtos chamados cola glitter numa textura mais líquida, feitos especificamente para isso. Só aconselho evitar usar cola de cílios neste caso, porque há relatos de gente que fez isso e deu ruim.
Pra remover a maquiagem, dá pra fazer o truque de colar durex ou alguma fita adesiva pra ir tirando o glitter ou só meter um demaquilante mesmo. O lado ruim é que a casa vai ficar com pequenos floquinhos de glitter durante tempo indeterminado, mas é uma consequência suportável. Já estou com saudade do Carnaval e de sair toda montada.
Na arte aleatória da semana, compartilho o trabalho da ilustradora G Mosley. Ela tem alguns personagens, algumas séries de prints muito legais. Nesta, por exemplo, a personagem sempre dá uma lição de autoestima na força do ódio.
Boa semana =)