#56 - Crescendo Juntas, Sr. e Sra. Smith, voltando a fazer vitaminas
Olá! Vem cá ver a lista de itens favoritos da semana de 4 a 10 de março de 2024 :)
🎥Crescendo Juntas: Eu já tinha esse filme na minha lista há meses, tinha lido alguma boa recomendação em algum lugar, mas enrolei demais pra ver. Um crime, pois é um filme excelente.
Crescendo Juntas conta a história de Margaret, uma menina de 11 anos de Nova York, em 1970. Um dia ela descobre que vai ter que se mudar com os pais pra um subúrbio em New Jersey. Mudança de casa, de escola, de amigos, tudo em meio ao pior período da puberdade.
Eu sinceramente acho que a pré-adolescência é pior do que a adolescência, porque o corpo muda muito, você não tem muito um lugar no mundo, é tudo confuso, os adultos não levam a sério. É um clima estranho em geral, como se fosse uma sala de espera pra a vida começar de fato. Eu não via a hora de virar adolescente mesmo.
O filme mostra bem isso de como a vida de uma menina dessa faixa etária pode ser difícil. Não difícil nível vulnerabilidade social, ela tem uma vida bem confortável. Mas com as complicações normais que meninas enfrentam.
Margaret lida com coisas tipo comprar o primeiro sutiã, os meninos da sala, o primeiro beijo e uma grande questão: a menstruação. Gostei muito da forma com que o filme coloca esse assunto. Muitas mulheres que eu conheço têm relatos de como foi horrível menstruar, traumático. No filme não, todas as meninas anseiam pela menstruação, pois tem mesmo essa aura de passagem para a vida “adulta”. Eu me lembro de ter esperado muito pela minha também, e, quando veio, senti um misto de felicidade e alívio pelo meu corpo estar trabalhando direito, estar tudo dentro dos conformes (hipocondríaca desde sempre).
Mas Crescendo Juntas não é só sobre a Margaret. O filme mostra também as situações enfrentadas pela mãe e pela avó dela. A mãe é interpretada pela Rachal McAdams, que está maravilhosa. Ambos os pais da Margaret são muito legais, mas a mãe é demais. E a avó é a Kathy Bates, perfeita também. Tem cenas muito boas.
Crescendo Juntas ainda passa pela questão da religião. Margaret é filha de mãe cristã e pai judeu, e ambos não tiveram boas experiências com suas crenças, então decidem criar a filha sem religião alguma, pra ela decidir sobre isso quando crescer. Mas é claro que isso vira um problema antes de ela chegar à idade adulta, e é algo explorado até que bem no filme. Achei que deixa algumas pontas soltas, mas enfim, é até verossímil se a gente pensar o grande caos que é lidar com conflitos religiosos.
Eu amei muito esse filme, achei que já nasceu clássico. É bem fofo, mas não é bobinho; é bem gostoso de assistir, principalmente para mulheres. Achei que lembrou um pouco a parte de adolescência de De Repente 30, também tem um quê de clássicos de John Hughes, tipo Gatinhas e Gatões (nome horrível, filme ótimo), um pouco também de Agora e Sempre. E no final ainda toca The Wind, eu chorei como se fosse a prefeita da Coitadolândia. Tá disponível no Max.
📺Sr. e Sra. Smith: Enrolei também pra ver essa série, porque eu achava que não gostaria. Não vejo nada de ação, não gosto de barulho de explosão e tiro, fico tensa com perseguições e a coisa toda. Não vou dizer que não tem isso no novo Sr. e Sra. Smith (tem), mas é um tom diferente.
Confesso que não assisti ao filme Sr. e Sra. Smith, com Brad Pitt e Angelina Jolie, pelas razões que descrevi acima e também porque na época eu era muito team Aniston (ainda sou, mas hoje não tenho nada contra Angelina, só contra o Brad mesmo). Portanto não tenho muito como comparar o filme à série, mas me informei sobre. Ambos têm meio que a mesma premissa, mas a série é bem mais soturna, mais drama, é mais millennial do que o filme, que tinha toda a polêmica e a aura de um blockbuster.
Enfim, Sr. e Sra. Smith tem a história de os dois serem um casal de espiões/criminosos/pessoas que trabalham com atitudes fora da lei. Eles não sabem muito um sobre o outro, mas vão descobrindo (e se apaixonando) aos poucos. Em meio à trama de casal, tem umas explosões, uns roubos, uns assassinatos.
Eu gostei muito do jeito como a história é construída; tem um tom de mistério que ao mesmo tempo te deixa tenso e te faz querer continuar assistindo pra saber mais. Gostei muito também do fato de se passar em Nova York e das atuações dos protagonistas, Donald Glover e Maya Erkine. O elenco tem também ninguém menos do que Wagner Moura (meu crush eterno) e Michaela Coel (gênia, assistam I May Destroy You).
Ainda não terminei a temporada, mas tô apreciando, apesar de passar mais nervoso do que gostaria. Eu jamais serviria pra este serviço sujo, passo mal. Tá no Prime Video.
🎶Sigrid: Eu já conhecia Sigrid, porque o Spotify já me empurrou uma ou outra música dela no Descobertas da Semana. Mas só fui ouvir mesmo de umas duas semanas para cá.
Sigrid é uma cantora norueguesa de 27 anos que faz um pop leve, dançante, meio indie, com uma voz gostosinha. Pra mim tem uma vibe meio Dua Lipa sem energético, sem as luzes de balada, mas com a aura provador da Renner (não é uma crítica, é que músicas de divas pops tocam muito nas fast fashion).
Comecei a ouvir mais depois que foi anunciado que Sigrid fará um show no Brasil em maio. Pensei: será que eu gosto dela suficientemente para ir ao show? E fui ouvir.
Fiquei viciadíssima em duas: Basic e Head on Fire. Adoraria ver num show, porém infelizmente os ingressos se esgotaram antes de eu virar fã. Mas recomendo, popzinho bem feito.
🥤Vitaminas: Sempre fui grande entusiasta de vitaminas. Quando era criança, meu pai fazia em casa ou então me levava num lugar no centro de São Paulo que era chamado de leiteria. Não sei que fim levaram as leiterias, se virou tudo bar e lanches ou se o nome só caiu em desuso, mas eu amava. Se tivesse dinheiro, empreenderia e abriria uma leiteria.
Como não tenho, faço só minhas vitaminas —ou smoothies— em casa mesmo. Passei um bom tempo fazendo só meus cafés e matchas, mas tinha o projeto de voltar a fazer minhas vitaminas no verão. Estamos nos últimos dias da estação do inferno (eu gosto de verão quando tenho praia ou piscina e folga, o que não foi o caso este ano, então odiei), mas antes tarde do que mais tarde.
O legal de fazer vitaminas é que as possibilidades são infinitas e eu sinto que estou sendo mais saudável. Eu sei que misturar frutas com água ou leite não é necessariamente uma refeição nutritiva (muito açúcar envolvido), mas ainda assim acho que tem suas vantagens e deve ajudar o corpo mais do que comer um pedaço de bolo (nada contra, amo também).
O esquema pra fazer boas vitaminas é misturar dois ou três ingredientes sólidos com um líquido/cremoso. Então, por exemplo, uma que fiz essa semana foi banana, pitaya e leite. Outro exemplo: manga, abacaxi e água. Mais: banana, cacau em pó, mel e leite. Uma que eu quero testar: couve, limão, pêra, matcha e água. Se você quiser algo mais forte/proteico, pode adicionar whey ou proteína vegetal também.
Acho divertido pensar nas combinações, e o resultado é bem bom. Em breve pretendo trazer mais referências sobre isso no Prazeres Aleatórios da Internet (se tudo der certo e eu tomar vergonha na cara, este quadro volta logo!).
Na arte aleatória da semana, deixo aqui o trabalho da Liana finck, artista que faz quadrinhos e ilustrações minimalistas e reflexivas sobre o caos que é a vida.
Boa semana =)
Simplesmente AMO o conceito de músicas provador da Renner hahaha