#66 - Let It Be, Every Single Album, granola caseira
Olá! Vem cá ver a lista de itens favoritos da semana de 3 a 9 de junho de 2024
🎥Let It Be: Eu me considero bem fã dos Beatles, mas confesso que não tava muuito animada pra ver Let It Be, filme original de 1970 que foi lançado recentemente no Disney+. O que me dava vontade de ver era 1) o Paul McCartney 1970, em sua versão mais gato, mais galã, e 2) a gravação do showzinho que eles fizeram na laje de um prédio, que é incrível e está neste filme. Realmente a parte mais legal é do show pra frente, mas achei que vale a pena ver tudo, como experiência completa.
Let It Be é um documentário sobre o disco homônimo dos Beatles, lançado em 1970, o último deles. É interessante que o filme estreou pouco depois do anúncio do fim da banda, então ele é tipo um epitáfio, um post-mortem, um negócio que você vê e entende que eles realmente já não estavam em sintonia. É tipo acompanhar um relacionamento que você sabe que tá nas últimas.
Pra quem assistiu Get Back, a série documental que mostra os ensaios dos Beatles para gravar este álbum e fazer este show, o Let It Be é como uma conclusão dele, é o trabalho editado e finalizado.
Na minha cabeça, o filme Let It Be pode ser dividido em três eixos. O primeiro é o dos ensaios dos Beatles, que são um pouco maçantes. Mais uma vez vemos Paul McCartney sendo muito nerd e rígido e querendo mandar em tudo (eu acho sexy, provavelmente tenho problemas), o pobre do George já de saco cheio, o Ringo sendo avulso, o John já também com a cabeça em outras coisas, a Yoko ali de olho em tudo.
O segundo eixo é o do show em si, que é magnífico. Eu poderia ouvir a versão da laje de Don’t Let Me Down todos os dias sem enjoar. E o terceiro eixo é o das entrevistas com as pessoas nas ruas, que foi o que eu mais gostei. A equipe do documentário parava as pessoas que estavam passando perto do prédio onde estava rolando o show e fazia perguntas, tipo “o que você acha dos Beatles?”. É muito legal ver o jeito das pessoas, as roupas, as opiniões. Um documento de uma época mesmo, adorei.
🎥Wham!: Outro documentário musical sobre artistas britânicos, mas totalmente diferente. Eu conhecia Wham! muito por cima, sabia só que tinha sido uma banda britânica na qual o George Michael começou a carreira. O documentário Wham!, da Netflix, conta toooda a história do grupo, desde a formação até o último show.
Wham! era originalmente uma dupla formada por George Michael e Andrew Ridgeley, dois amigos de escola que, na juventude, começaram a fazer música. Eles eram muito jovens mesmo, tipo 20 anos, quando estouraram e fizeram sucesso.
Os dois tiveram vários hits nas paradas britânicas e mundiais, como Careless Whisper e Wake Me Up Before You Go-Go (que eu acho um dos melhores hits pop de todos os tempos). O documentário conta da onde surgiu a ideia cada hit —todos compostos por George Michael— como os dois lidaram com o sucesso e principalmente como o George Michael lidou com suas questões pessoais, como o fato de se descobrir gay e ficar no armário nos anos 1980 e a obsessão por atingir o topo das paradas musicais.
Achei que é um material bem completo, com bastante imagem de arquivo e depoimentos de todos os envolvidos. Eu já falei aqui que um dos meus filmes preferidos de Natal é Uma Segunda Chance Para Amar, cuja trilha sonora é inteira de músicas do Wham! e do George Michael, então gostei muito de saber mais da história do grupo e do cantor. Quem se interessa por música pop e cultura pop em geral vai adorar.
🎧Every Single Album: Esta edição está especialmente musical. Comecei a ouvir há umas duas semanas o podcast Every Single Album, no qual os hosts Nora Princiotti e Nathan Hubbard fazem análises de lançamentos de álbuns e do que tá rolando na música pop em geral.
Não é bem uma crítica, mas uma percepção: eu sinto que o cenário de crítica musical no Brasil tá meio “viciado” no sentido de que quem acompanha já sabe mais ou menos quem gosta do quê, o que vão falar sobre esse ou aquele lançamento, etc. Então eu até acompanho, mas não me empolgo, não tenho muito apreço. Não quero dar uma de viralatista e falar que os gringos são melhores nisso, não acho que necessariamente seja essa a questão.
Mas, no meu caso pessoal, acompanhar o Every Single Album tem sido ao mesmo tempo um refresco, com ideias novas e bem elaboradas, e uma chuva de informações boas, embaladas com o carisma dos apresentadores. Faz muita diferença ouvir um podcast em que você rapidamente começa a gostar das pessoas que estão falando, sentir uma simpatia ali, querer ser amigo deles, participar das conversas.
Comecei a ouvir o Every Single Album pelo episódio sobre o álbum novo da BIllie Eilish e amei muito. Já maratonei e fui longe nos episódios mais antigos. Ajuda também os fatos de que eles falam muito de Taylor Swift (e gostam) e que eu concordo com a maioria das opiniões kkk. Mas dá pra ver que os apresentadores entendem mesmo de música, acompanham a indústria musical e os assuntos da cultura pop e trazem discussões boas, maduras, responsáveis. Não são só dois fãs bitolados falando qualquer coisa só pra defender um artista ou engajar.
O ponto negativo é ser em inglês, então tem que ter um nível avançado pra ouvir. Mas, ao mesmo tempo, pra quem consegue entender um tanto é uma ótima forma de praticar o listening e melhorar a própria experiência com o idioma. Tá no Spotify.
🥣Granola caseira: Não vou mentir, enquanto eu estava fazendo minha granola caseira, eu pensei: “Meu Deus, por que eu estou investindo meus preciosos tempo e dinheiro numa tarefa aparentemente inútil, visto que há uma infinidade de opções de granola no mercado, várias delas ótimas???”. De fato é bem mais fácil comprar a granola pronta, mas a graça de fazer em casa é que você pode customizar totalmente, colocar o que você quiser. E também tem a vantagem de não consumir um produto cheio de açúcares e conservantes em geral.
Peguei a receita da base da granola caseira no Panelinha, mas a graça é você usar os ingredientes que quiser. Então a fórmula é:
3 xícaras de aveia (para este fim, prefiro em flocos grossos, mas vai do seu gosto)
1 e 1/2 xícara de castanhas e sementes (castanhas, nozes, amendoim, sementes de girassol, de abóbora, linhaça, o que quiser)
1/2 xícara de frutas secas (eu coloquei mais porque gosto mais. Vale uva passa, damasco seco, ameixa seca, cranberry, frutas cristalizadas, lascas de côco, novamente o que você quiser)
1/2 xícara de mel
1/4 xícara de óleo
Pitada de sal
Pra fazer, é só misturar primeiro os ingredientes secos (aveia, castanhas e sementes e sal) e depois juntar a eles o mel e o óleo. As frutas secas entram só depois, quando já estiver assada.
Depois de misturados os ingredientes, colocar tudo para uma assadeira grande (se não for antiaderente, lembrar de untar antes) e levar ao forno por vinte minutos ou até dourar. Na metade do tempo, tirar para dar uma mexida.
Achei que dá uma quantidade bem boa e não exige muita técnica, é bem simples. E é divertido fazer sua própria combinação de igredientes.
Na arte aleatória da semana, deixo aqui o trabalho da Marina Sader, que faz ilustrações com “movimento”, como se fossem frames de uma animação.
Boa semana =)