#99 - O Estúdio, Assassinato na Casa Branca, Jóquei
Olá! Vem cá ver a lista de itens favoritos da semana de 7 a 13 de abril de 2025 :)
📺O Estúdio: Essa série vai aparecer em todas as premiações nesta temporada, podem anotar. O Estúdio é uma nova produção da Apple TV+ que tá recebendo muito hype, merecidamente.
A série se passa na indústria cinematográfica em Hollywood, nos bastidores da cúpula de um grande estúdio —é como se fosse na chefia da Warner, por exemplo. O protagonista é Matt (Seth Rogen), um executivo do estúdio que de um dia pro outro vira diretor geral. A partir daí, cabe a ele tomar decisões importantes, sobre quais filmes o estúdio vai fazer, quem vai dirigir, de quanto será o orçamento, etc.
O Estúdio é uma grande sátira a esse meio artístico, a essa indústria com tanto dinheiro e ao mesmo tempo tanta bizarrice, tantas decisões equivocadas. É uma história de muitas contradições, e boa parte do humor dela é baseado nisso. Matt é um cara que parece ser legal a princípio, mas também parece perdido ali, também parece ser um escroto às vezes, e também é um pau mandado do chefão, e também é um chefe mala por si só. São muitas camadas, e cada uma delas é muito engraçada. Vi em algum lugar que esse essa série tem o melhor primeiro episódio, e é verdade. Já ri muito e fiquei viciada desde os primeiros minutos.
Minha única ressalva é que é uma atração que exige um mínimo conhecimento prévio dessa indústria, do contexto de como funciona Hollywood e o momento atual. Por exemplo, há piadas sobre contratos insanos dos executivos, sobre o tanto de dinheiro jogado fora, sobre fazer filmes baseados em marcas (como Barbie). É meio piada interna, mas acho que dá pra entender a maioria, mesmo não sendo cinéfilo.
Além do Seth Rogen, que tá muito bem no papel principal, tem outras performances e participações muito boas, como de Kathryn Hahn (amo ela) e Martin Scorsese. Comédia boa demais, assistam e comentem comigo!!!
📺Assassinato na Casa Branca: Saindo de uma série perfeita para outra que não se pode dizer o mesmo, mas ainda assim entretém. Fui assistir Assassinato na Casa Branca numa noite em que queria algo leve, bem fora da realidade, pra deixar o cérebro liso como um peito de frango. Funcionou.
A série (ou minissérie, hoje em dia não dá mais pra saber) se passa, para surpresa de ninguém, na Casa Branca. Um assassinato ocorre durante uma festa oferecida lá, e uma detetive é chamada para investigar o caso.
É uma dessas produções bem cheia de estereótipos: tem um quem matou? como mote, um grupo de suspeitos, uma detetive com suas peculiaridades e suas sacadas geniais. E assim a série segue durante oito episódios, até revelar quem cometeu o crime.
Eu achei o começo um tanto complicado; tem muitos personagens, muitos interrogatórios, é difícil lembrar o nome de todos e se aprofundar em todas as histórias. Podia ter menos suspeitos, com certeza. A série também é toda rapidinha, com sacadinhas, piadas leves. Entendi o tom, não sei se gostei.
Mas enfim, não compromete a experiência geral. Se você quer ver uma série de detetive e investigação e ao mesmo tempo leve (no sentido de não ser true crime ou algo que dá medo), ela entrega. Uma amiga citou que é no estilo Entre Facas e Segredos, e sim, tem meio essa pegada. Sinceramente, Entre Facas e Segredos é melhor, mas Assassinato na Casa Branca é divertida. Devorei os três últimos episódios de uma vez, sedenta pra descobrir quem foi o(a) culpado(a).
📖Jóquei: Este ano estou muuuito devagar nas leituras, tá uma vergonha. Nesta semana dei uma leve acelerada e consegui terminar este livro que eu tinha começado há cerca de um mês, sei lá.
Jóquei é um livro de poemas da Matilde Campilho, escritora portuguesa. Eu conheci a Matilde uns anos atrás, quando viralizou nas redes sociais um videozinho dela declamando um poeminha (que inclusive está no livro). Muito bonitinho.
O tom deste poema é meio que o tom da coletânea do livro todo. Matilde Campilho fala muito sobre relacionamentos, sobre recortes desses relacionamentos, pequenas coisas do dia a dia, imagens de momentos com pessoas amadas. É uma sensação de diário transformado em poema, de caderno de memórias escrito de uma forma poética.
Gostei do tom leve, bonito. Não sei se vou me fazer clara, é mais uma sensação do que uma explicação, mas senti como se estivesse lendo a abertura da novela História de Amor, algo assim. Os poemas não são tão puramente e obviamente românticos, não é isso, mas é mais pelo cotidiano observado com esta lente amorosa e atenciosa. Gostei bastante deste primeiro contato com a obra de Matilde Campilho e quero ler o outro livro dela disponível no Brasil, Flecha.
🎵Oysters in My Pocket: Essa música não sai da minha playlist No Repeat, do Spotify, há semanas. Descobri aleatoriamente numa dessas playlists aleatórias e viciei.
Oysters in My Pocket é uma canção da dupla australiana Royel Otis. O som deles é um indie pop, e essa música é dessas que te deixam imediatamente animado. Eu ouço quando tô fazendo faxina, lavando louça, e dá vontade de dançar junto. Recomendo muito se estiver precisando dar um boost de energia por aí.
Na arte aleatória da semana, deixo o trabalho da ilustradora Chelsea Zo, que faz essas artes bem coloridas, algo psicodélicas, frequentemente militando contra o patriarcado e pelos direitos das mulheres
Boa semana =)