#48 - Doug, Murder on the Dancefloor, Conexo
Olá! Vem cá ver a lista de itens favoritos da semana de 1º a 7 de janeiro de 2024 :)
📺Doug: Falei aqui há algumas semanas sobre a alegria de assistir algo que já foi visto, de dar um novo olhar a uma produção conhecida, mas acho que essa situação é um pouco diferente.
Eu fiquei tão cansada no fim de ano (como todo mundo no mundo inteiro, praticamente) que os planos que eu tinha de maratonar séries e filmes que não tive tempo/oportunidade de ver ao longo de 2023 rapidamente foram por água abaixo. Vi quase nada de novo (digo quase pois vi o total de um filme inédito, sobre o qual falarei no tópido seguinte). Só queria um tempo off pra descansar de tudo, fazer nada, desfrutar do ócio, abrir espaço mental.
É aí que entra o Disney +. Eu não sou adulto Disney, não tenho apego com qualquer princesa (minha favorita era Anastasia, que nem da Disney é, a pobre), não tenho vontade de ir aos parques. Não estou criticando, só explicando que não é meu rolê. Mas a Disney como conglomerado de entretenimento acaba sendo detentora de uma série de títulos que marcaram a infância de quem cresceu entre os anos 1980 e 2000.
O catálogo do Disney + tem um monte de filmes e desenhos animados que passaram na TV aberta durante a minha infância, e aí, me encontrando sem vontade de usar a cabeça pra me concentrar num conteúdo novo e adulto, eu me deleitei nas séries antigas durante meu recesso. Vi um pouco de Lizzie McGuire, um Operação Cupido, um episódio de Hora do Recreio. Mas meu favorito disparado é ele: Doug.
Trata-se na verdade de um desenho da Nickelodeon do fim dos anos 1990 que foi parar no Disney + (não vem ao caso a negociação). O protagonista é Doug Funny, um pré-adolescente que tem lá seus conflitos com amigos, família, relacionamentos, vida escolar. É tudo bem próprio da idade, mas é fofo e divertido também. Visualmente eu amo, a nostalgia dos estúdios 2D é real.
E o que mais gosto são os personagens: Doug é muito identificável, até para adultos (tem um episódio em que ele é assombrado por sentimentos de culpa e constrangimento), Patty Maionese é um nome maravilhoso, e sempre rio muito com os discursos anticapitalistas de Judy Funny, a irmã adolescente de Doug (ela é uma diva e meu objetivo em 2024 é comprar o moletom dela).
Não me sinto revisitando algo que já vi porque não me lembro de quase nada do que vi; conheço todos os personagens, mas as tramas dos episódios são todas novidade na minha cabeça, assisti há mais de vinte anos, sei lá. É um sentimento de familiaridade e intimidade gostoso e curioso. E recomendo muito a todas as idades, Doug é tudo.
🎵🎥Murder on the Dancefloor/Saltburn: Estava todo mundo falando tanto que eu também quis saber do que se tratava e dei play em Saltburn (Prime Video), o filme polêmico do momento. Sinceramente não achei tão perturbador quanto pintaram (trocadilho não intencional). Achei divertido, num tom “kkk ai ai”. Mesmo se fosse um lixo, a cena final com a trilha sonora perfeita já teria valido a pena.
Saltburn é um longa dirigido pela Emerald Fennell (a Camilla Parker Bowles das temporadas do meio de The Crown e a diretora de Bela Vingança —que é um filme sobre o qual as pessoas têm opiniões divergentes, mas eu gosto). Saltburn é sobre uma família riquíssima da Inglaterra, dinheiro antigo, dona de uma propriedade gigantesca chamada Saltburn, e um rapaz classe média, bolsista de Oxford, que se aproxima desta família.
A fotografia é impecável, a estética do filme é absurdamente linda, o Jacob Elordi é absurdamente lindo —como diz minha amiga Isadora, a cena dele lendo Harry Potter só de shortinho no sol é uma pintura renascentista. Tem umas cenas sexuais/eróticas asquerosas? Tem, mas, ainda que eu não as ache pessoalmente excitantes, eu também não fiquei ofendida. Encarei tudo como “doidinho ele, né”, e tudo bem.
Não vou entrar em análises profundas de roteiro e direção, vou só dar meu parecer: achei divertido. História de gente rica sendo feita de otária e pobre trambiqueiro. Tem um plot twist que movimenta a trama, e a partir disso achei um entretenimento curioso, me prendeu, vi como a comédia de um desastre. E aí tem a cena em que toca o grande hit Murder on the Dancefloor, de Sophie Ellis-Bextor.
Todas as pessoas que eu conheço que assistiram ao filme ficaram viciadas nessa música. Ela foi um hit da era summer eletrohits do comecinho dos anos 2000, então muitos de nós não tivemos a experiência de ouvir Murder on the Dancefloor em pistas de dança de fato. Agora bastou ouvir uma vez no filme para colocar no repeat no Spotify e sair dançando pela casa. Fiz isso no dia 31 de dezembro e foi tudo.
🎧Previsões do ano no Wanda: Vou novamente quebrar minha regra de não indicar coisas que já indiquei, mas é por uma boa razão. Saiu o episódio de previsões astrológicas do ano no podcast Um Milkshake Chamado Wanda.
Eu amo o Wanda, ouço toda semana desde 2017, sou apoiadora, etc. É um podcast muito engraçado e com muita informação de cultura pop, mas acho que o humor não é pra todo mundo. Se você não é cronicamente online ou não é da mesma bolha, talvez as referências não te alcancem.
Mas o especial de previsões dos signos independe disso. Todo começo de ano, a astróloga Titi Vidal vai lá e dá a previsão completa para todos os signos, falando sobre o que esperar e fazer no ano em quesitos como amor, trabalho, saúde, casa, dicas em geral. Eu amo e anoto tudo. Fui reler minhas anotações do ano passado e muita coisa bateu mesmo (ainda que eu tenha me esquecido de tudo que ela falou e só tenha vivido). A boa notícia é que as previsões estão ótimas para boa parte dos signos!! Vai lá checar o que a astrologia tá prevendo para o seu.
🎯Conexo: Teve uma época em que foi febre aquele joguinho de acertar a palavra —em inglês era o Wordle, em português tinha o Termo e o Letreco. Não lembro exatamente em que momento abandonamos isso, a pandemia é um grande blur às vezes. Mas nos últimos dias viciei num outro joguinho do tipo.
No Conexo, o objetivo é reconhecer palavras que têm alguma conexão entre si. O jogo abre com 16 palavras, e você tem que formar quatro grupos de quatro palavras cada, que tenham alguma relação. Então, por exemplo: noturno, vespertino, integral, plantão. Todos são regimes de trabalho. Touro, áries, câncer, capricórnio. Todos são signos. Mas às vezes aparecem palavras que podem fazer parte de mais grupos. Por exemplo, touro também é um animal. Enfim, a ideia é formar conexões.
Às vezes é fácil e às vezes é difícil, mas é sempre viciante. Todo dia lançam um jogo novo, mas você pode jogar os dos dias anteriores também. E descobri ainda uma menina no TikTok que resolve todos, então, caso você não consiga completar um jogo de jeito nenhum, dá pra ver o gabarito com ela. Estou jogando religiosamente todo dia e adorando.
Na arte aleatória da semana, trago o trabalho da ilustradora Polly Nor, de Londres. Ela faz desenhos utilizando demônios como personagens. As metáforas de abraçar nossos demônios e encarar nossos demônios internos são muito presentes. Que em 2024 a gente consiga encarar, abraçar e conviver saudavelmente com nossos demônios, na medida do possível.
Boa semana =)
Amo Doug Funny.
e Saltburn me lembrou muito O Talentoso Ripley.
beijoss!!